ArrabidaHistóriaCarrascoIlustração
Plinio no livro 22 c.2 escreve que "a Grã de Galatia, de África e da Lusitania, que sabemos ser a que se colhe na serra da Arrábida e na de S. Luís, termo de Setúbal, é a mais fina e melhor..." In: Glosas marginais ao cancioneiro medieval português de Carolina Michaëlis de Vasconcellos e Yara Frateschi Vieira
Planta hospedeira da grã. Arbusto também conhecido por Carrasco, Chêne à kermès, Chêne à cochenille, Chêne-garrigue, Kermès des teinturiers.
Veja

Julgada extinta... A "Grã dos Tintureiros" reaparece na Arrábida!

Kermes Vermilio

historia

A utilização da “grã” na tinturaria e na gastronomia remonta a tempos imemoráveis. Encontramos referências a este “verme” nas civlizações Egípcia, Hebraica, Grega, Romana…

O Kermes Vermilio – Planchon, donde deriva a palavra vermelho (do latim vermicŭlu – «pequeno verme; cochonilha», de que se extrai tinta vermelha), também pode ser chamado grã do carrasco, granum tinctum, grammi irtfeclorium…

Especie

Formalmente identificada por Gustave Planchon, em 1864, (Le Kermes Du Chene) o Kermes Vermilio é um inseto da família das cochonilhas (Coccidae).

A fêmea adulta tem uma forma esférica, de um grão – “grã”, inicialmente com o corpo coberto por um pó branco, mais tarde adquire um tom vermelho acastanhado. O macho, também de cor avermelhada, é alado e possui um destacado par de antenas.

Habitat

Este inseto é um parasita hospedeiro do Carrasco (Chêne à kermès) “Quercus Coccifera”, arbusto característico da floresta mediterrânea (maquis e garrigue), onde habita, se alimenta e reproduz.

Podia encontrar-se em abundância por toda a orla mediterrânea, da Península Ibérica à Turquia, preferindo este clima temperado com verões longos e invernos amenos.

Descoberto nos anos 90, subsiste ainda um pequeno núcleo de "Kermes Vermillio" na região da Arrábida. Outrora abundante e com peso na economia local, desconhecem-se as razões do seu desaparecimento.

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