A utilização da “grã” na tinturaria e na gastronomia remonta a tempos imemoráveis. Encontramos referências a este “verme” nas civlizações Egípcia, Hebraica, Grega, Romana…
O Kermes Vermilio – Planchon, donde deriva a palavra vermelho (do latim vermicŭlu – «pequeno verme; cochonilha», de que se extrai tinta vermelha), também pode ser chamado grã do carrasco, granum tinctum, grammi irtfeclorium…
Formalmente identificada por Gustave Planchon, em 1864, (Le Kermes Du Chene) o Kermes Vermilio é um inseto da família das cochonilhas (Coccidae).
A fêmea adulta tem uma forma esférica, de um grão – “grã”, inicialmente com o corpo coberto por um pó branco, mais tarde adquire um tom vermelho acastanhado. O macho, também de cor avermelhada, é alado e possui um destacado par de antenas.
Este inseto é um parasita hospedeiro do Carrasco (Chêne à kermès) “Quercus Coccifera”, arbusto característico da floresta mediterrânea (maquis e garrigue), onde habita, se alimenta e reproduz.
Podia encontrar-se em abundância por toda a orla mediterrânea, da Península Ibérica à Turquia, preferindo este clima temperado com verões longos e invernos amenos.